Ainda não se foi
A chuva que a noite caía.
As nuvens ainda estão por aqui.
O sol não apareceu desta vez
Amanheceu tão escura está manhã
Pela janela eu vejo
Permanece durante o dia,
Cai, mais uma vez, gota a gota
Insisti em insistir
Em cair.
Pessoas passando a todo momento,
Algumas cruzam meu caminho,
Tento achar o meu lugar
Em meio tanto barulho.
Procuro o silêncio, o meu silêncio.
Silêncio do mundo, silêncio do espírito.
Assim quem sabe eu possa em você
Me repousar, me encontrar.
No meu silêncio.
Eu sei que já te fiz mal
E ainda te faço mal por vários motivos.
Este foi meu erro, meu grande erro.
Mas sei também que já te fiz muito bem
E sei que sou bem melhor nisso.
Pois assim ainda vejo,
A saída disso tudo
Vejo o seu sorriso.
Passa os dias, vejo coisas passando
Folhas caindo, indo de encontro ao chão
O vento sopra ao meu rosto,
Algo faz com que eu sinta apertar meu coração.
A chuva ainda insiste em cair,
As coisas vão se transformando em tempestade.
Medo insiste em surgir,
Com ele vem toda a insegurança.
Querendo roubar a esperança,
Me distanciando da verdade.
Procuro o silêncio,
Silêncio do mundo, silêncio do espírito.
Assim quem sabe eu possa em você
Me repousar, me encontrar.
Silenciar...
Pois assim ainda vejo,
A saída disso tudo
No seu sorriso.
Um repouso para meu espírito.
No meu silêncio.
Anderson Alsan
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